«Eu sou o centro fixo que anima a dança»
Octavio Paz
Todas as manhãs tiro os seios da blusa
para fazeres deles o que precisas
para que os acaricies dançando
para beberes deles o veneno que te faz
suportar o dia e o princípio da noite
esses que te obrigam a demover jardins
Todas as tardes te lanço os meus braços
como ramos marinhos que crescem
às estrelas e acendo a luz do meu umbigo
para que saibas o caminho que tens de
semear depois do nosso abraço estreito
Todas as noites te prendo com as pernas
pois sei que és barco para fundear
e deixo que entres em mim como num cais
que assiste dorido às tuas frequentes partidas.
Imagem de: Serge Marshennikov
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